quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Insignia de Conservacionismo

entao, galera.
este ultimo sabado eu e a maira apresentamos a ultima etapa para a insignia, e la vai ela aqui no blog:

A ariranha é uma espécie de lontra, distinguindo-se desta, principalmente, pelo grande porte.

Pode ser encontrada em quase todo território brasileiro, exceto na Caatinga e nas florestas de baixada. A região amazônica concentra muitos dos indivíduos encontrados no Brasil, especialmente na Reserva Indígena Xixuaú-Xiparinã, em Roraima. Isso porque o animal prefere regiões úmidas, rios, lagos, pântanos e, particularmente, as águas "negras" da bacia amazônica.

Suas características físicas são bem definidas: corpo alongado, pernas curtas, cabeça chata, orelhas pequenas e arredondadas, pelagem densa e membranas interdigitais nas patas. A cauda, musculosa e aplainada, tem formato de remo e varia entre 30 e 80 centímetros, representando 1/3 de seu corpo. Normalmente, apresenta uma mancha branco-amarelada que se estende desde o lábio até o peito. Possui forte dentadura, além de audição e olfato excelentes. Pode atingir até 2,20 metros de comprimento. As fêmeas, consideradas de menor porte, chegam a pesar 26 kg, enquanto os machos 34 kg.

É um dos maiores carnívoros do continente sul-americano, alimentando-se principalmente de peixe, além de pequenos mamíferos, aves aquáticas e ovos. Possui hábito diurno e semi-aquático. Vive ao longo das margens dos rios e lagos. Sendo ótima nadadora, mergulha fundo nas águas para caçar suas presas que serão devoradas em terra. Em condições de escassez, os grupos caçam pequenos jacarés e cobras, que podem inclusive ser pequenas anacondas. No seu habitat, as ariranhas adultas são predadores de topo da cadeia alimentar.

A época do acasalamento é na estação das chuvas, que pode ir de janeiro a março e resulta em gestações de 65 a 72 dias. Apenas a fêmea dominante do grupo se reproduz. Entre maio e setembro, as fêmeas dão à luz uma ninhada de pequenas lontras que são educadas em conjunto por todo o grupo. Cada ninhada pode variar entre 2 a 5 filhotes e os grupos são formados por até 8 indivíduos. As crias ficam numa toca durante os primeiros três meses, sendo então integradas à vida do grupo. As ariranhas atingem a maturidade sexual entre os dois e os três anos de vida. É considerada territorialista e, por vezes, barulhenta. Para se comunicar com os demais integrantes do grupo emite sons agudos e sopros.

Devido à caça ilegal para comercialização de sua pele e destruição do habitat onde vive, a população de ariranhas está bastante reduzida. O uso de sua pele já foi a principal causa da diminuição do número de espécimes, mas, atualmente, a poluição de rios e a mineração inadequada têm contribuído para que isso aconteça. Por estar no topo da cadeia alimentar, as ariranhas acumulam em seus organismos as substâncias tóxicas – principalmente o mercúrio utilizado na mineração do ouro – que são despejados nos rios e consumidos por peixes.

Além de fazer parte da lista oficial de espécies em extinção do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis - IBAMA, está classificada como espécie em perigo pela Internacional Union for Conservation of Nature and Natural Resources - IUCN e United States Department of the Interior - USDI.

Encontra-se ameaçada em 7 países e está praticamente extinta na Argentina e Uruguai. No Brasil, estão sendo desenvolvidos programas que objetivam aumentar o conhecimento sobre a espécie e evitar sua extinção.

Desde 1985, o Centro de Preservação e Proteção de Mamíferos Aquáticos de Manaus, em parceria com o IBAMA, vem desenvolvendo um programa que visa à criação e conservação de mamíferos aquáticos, como o peixe-boi, o tucuxi, o boto-cor-de-rosa e a ariranha.

O Laboratório de Mamíferos Aquáticos, localizado também em Manaus, mantém ariranhas em cativeiro, com as quais está desenvolvendo pesquisas sobre digestibilidade, endocrinologia, nutrição, comportamento e crescimento. Esses estudos podem revelar aspectos impossíveis de serem observados na natureza. São realizados concomitantemente aos trabalhos ecológicos em ambiente natural.

O Zoológico de Brasília desenvolve 2 projetos com as ariranhas. Um visa a pesquisa científica, com a observação intensiva do comportamento do grupo familiar da espécie; outro busca a educação ambiental entre os visitantes do zôo.



Alem disso, galera, vou tentar atualizar o calendario, mas prestem atencao nos emails (lembrando que essa semana comecamos as apresentacoes das etapas da investidura, entao estudem!)

Um comentário:

Jean P Lang disse...

Muito boa o seu animal. Característico do cerrado e faz parte da nossa realidade.